Nesse semestre tive a matéria de
desenvolvimento humano 2 na qual vimos a adolescência, que por sua
vez se torna uma fase difícil para todos, me lembro da minha, como
era complicado viver em um mundo que “ninguém me entendia”.
Percebi nessa matéria que o
“adolescer” é muito além do se adaptar com o corpo em
transformação na puberdade, e sim um conjunto de desenvolvimento
cognitivo, social, biológico e psíquico. O corpo em transformação
acelerada que nos desajusta no sentido espacial, pelos onde não
havia, a vergonha e as vezes o orgulho de tê-los, a voz que salta de
timbre, mas as espinhas que coisa desagradável. Como foi dito em
sala de aula, a perda do corpo infantil e a metamorfose para o
adulto. O quanto isso pesa do psicológico de um adolescente, isto é,
quando a puberdade não é prematura e começa quando ainda é
criança, com certeza muito, e ainda estamos apenas no começo.
Aprendi que a escola é uma via e
inclusão de crianças e adolescentes a vida social, é no ambiente
da escola que o adolescente ficam a maior parte do dia fora dos
olhares de seus pais, longe da ilha de segurança dos pais, e
inserido em outra aos olhos da hierarquia da escola, outra ilha onde
a muito mais indivíduos inseridos, o social começa a ser visto como
algo de necessidade, pertencer a um grupo, ser como os outros, são
vistos padrões, o quanto você se encaixa neles, esse corpo em
transformação é diferente do deles?, Realmente é um mundo muito
diferente. O padrão começa a se impor, o estudo nos dá uma amostra
de responsabilidade, para os que trabalham uma maior porção. O
social do adolescente se desenvolve a medida que é inserido, e o
quanto lhe é permitido sair da ilha, pegar um ônibus, poder sair
com os amigos ou grupo sozinhos.
A medida que adquire experiência no
trabalho, escola e social, começa a criar responsabilidade, mesmo
que por sua vez apresentando ainda imaturidade com determinados
assuntos, ele progride para vida adulta, a autonomia é cada vez mais
importante, apensar de ter estudos que muitas pessoas não chegam a
ter realmente autonomia na vida adulta ficando paradas na
heteronomia. A ausência do indivíduo controlador “pais” passam
ser maiores, muitos tem a autossuficiência, se acham invulneráveis
a quase tudo, “isso acontece com os outros, comigo não.”, “só
eles se viciam em droga e não vicio nisso.” ai já entra também o
fato do tédio grande da adolescência, as coisas que nos divertiam
quando eramos crianças na adolescência já não fazem mais sentido,
há estudos que nosso cérebro perde cerca de 70% da sensibilidade a
dopamina nessa idade, talvez isso justifique a incrível necessidade
do adolescente de desafios ou correr riscos e procurar coisas mais
complexas para satisfazer o tédio.
Um processo que o adolescente passa que
é interessante também é a necessidade de testar seus conhecimentos
novos aprendidos, em discussão. Também vimos sobre a bulimia e a
obesidade na adolescência e um pouco de psicanálise sobre o
assunto, a necessidade que alguns tem de esconder o corpo em
transformação, no caso da obesidade a “carapaça” para impedir
possíveis ataques a esse corpo, do mesmo jeito a anorexia para se
adequar a padrões da mídia ou de esconder o corpo, eu usava muito
preto quando adolescente, em sala de aula vi que o preto=neutro.
Achei isso muito interessante.
A grande questão do semestre, do
normal ao patológico, em todo esse “adolescer”, o que é normal
e o que não é, já que por sua vez o adolescente é tão
assimétrica, aprendemos que se deve dar muita mais muita atenção
nessa fase, um adolescente não gosta de ser questionado, mas vimos
que o “emprestar o cérebro” é muito útil, mãe: “será que
não seria melhor passar em um posto de gasolina no caminho para casa
do seu amigo, vai que quando você voltar não tenha mais nem um
aberto” melhor do que a mãe gritar: Passa no posto antes de ir, e
o adolescente gritar também tá e nem ligar para o que ela visou.
Depois postarei um video que nos ajudou muito no estudo.